sábado, 2 de maio de 2009

Os factos e o que se pode reflectir

Os factos...

Vital Moreira foi agredido o que se pode ler também aqui e ver aqui

Desfile da UGT interrompido por ameaça de bomba

Vital Moreira diz-se alvo de "sectarismo e intolerância"

Carvalho da Silva diz: "as pessoas estão em sofrimento...que se faça disto um ensinamento"

Vitalino Cana quer pedido de desculpas do PCP e da CGTP

O 1º de Maio da crise, título do El Pais, com violência na Alemanha, Turquia e Grécia

... e o que se pode reflectir

»As descrições e imagens expõem desespero e raiva - pelo percurso de Vital Moreira em contra-ponto com a situação do agressor.

»A violência nunca pode justificada e pode ser compreendida, especialmente por quem assume cargos com responsabilidade política.

» Carvalho da Silva fez a avaliação mais descomprometida do que se passou. Só quem não lida com o cidadão comum, de quem trabalha nas fábricas aos que estão nos serviços, das classes mais pobres à classe média, é que não tem consciência da revolta que se vai acumulando enquanto se assiste no sofá de casa ao desfilar de casos escandalosos no sector financeiro por esse mundo fora e se adivinham e antecipam justiças que não se fazem nos pequenos casos caseiros.

» A revolta não é apenas caseira como se pode ler, por exemplo, no El Pais. Não se pode apenas, rectoricamente, antecipar que a crise económica pode gerar uma crise social e, quando se está perante ela optar por acusações.

» Vitalino Canas optou pelas acusações e pelo pedido de desculpas. Percebe-se que o PS, com receio de ver alguns dos seus eleitores fugirem para a esquerda, queira capitalizar a agressão a Vital Moreira na tentativa de repetir a história da agressão a Mário Soares. Não é um atitude responsável do PS nem me parece que ganhe votos com isso - os eleitores não são estúpidos.

A crise existe, não são apenas números de queda do PIB. Há pessoas a sofrer significativamente com esta crise. Os responsáveis políticos têm de ter consciência disso.

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