segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Os mercados gostaram... do apoio do Estado

A iniciativa dos Quinze no Acordo de Paris deste domingo agradou aos investidores e aos bancos:

Que fizeram os Governos?

  • Comprometem-se com dinheiro em cima da mesa a garantir a emissão de dívida por parte dos bancos - e não como inicialmente se disse, na sequência das declarações de alguns líderes europeus, garantias para as operações de mercado monetário interbancário
  • Comprometem-se com dinheiro também em cima da mesa e dos contribuintes a injectar dinheiro nos bancos

Muito há a dizer sobre o que se passou e está a passar. Por enquanto ainda estamos a apagar o fogo. Quando se começar a reconstruir é preciso repensar o sistema financeiro - como criar um mercado num sector onde as empresas/os bancos não podem falir?

Para já as emissões de dívida pública vão aumentar, a dívida que deveria ser dos bancos, isto é, dos seus accionistas, passa a ser do Estado, isto é, dos contribuintes.

Não me parece que se possam esperar efeitos inflacionistas desta actuação dos governos e bancos centrais. Houve uma brutal destruição de liquidez com a desvalorização de activos com os efeitos que já se começam a sentir na queda da actividade económica.

Portugal não poderia deixar de oferecer uma garantia, mesmo que a banca não precisasse. O elevado endividamento português intermediado pela banca recomendava toda a cautela. E se todos os outros países fizeram o mesmo, a banca portuguesa não poderia ter a desvantagem de não ter a possibilidade de ter a sua emissão de dívida com garantia de Estado.

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